Se a maioria dos ministros decidir pela rejeição do recurso, Moraes poderá determinar a execução da pena imposta, transformando a prisão preventiva de Zambelli em uma prisão motivada pelo cumprimento da condenação. Recentemente, o ministro também tomou a decisão de incluir o nome da parlamentar na lista de procurados da Interpol e suspendeu suas contas nas redes sociais, em uma clara ação de acompanhamento do caso.
Em uma entrevista a uma rádio do interior de São Paulo, Zambelli revelou que deixou o Brasil e se encontra nos Estados Unidos para tratar de questões de saúde, além de expressar sua intenção de pedir licença do cargo. Ela planeja ir para a Itália, seu país de ancestralidade, buscando refúgio legal.
A determinação da prisão foi solicitada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que argumentou que a deputada fugiu do país para evitar o cumprimento da sentença. Na defesa, sua equipe jurídica argumenta que houve cerceamento de defesa, citando a falta de acesso a provas durante as investigações, e pedem a absolvição da parlamentar. Os advogados também contestam o valor de R$ 2 milhões fixado em danos coletivos, afirmando que não há critérios objetivos que justifiquem tal quantia para a reparação ao estado.
Em meio a este cenário turbulento, o advogado de Zambelli, Daniel Bialski, deixou a defesa, e a parlamentar agora contará com o auxílio da Defensoria Pública da União (DPU) em sua luta judicial. A situação, repleta de reviravoltas, promete movimentar os âmbitos político e jurídico do país nas próximas semanas, à medida que as decisões do STF se tornam cada vez mais iminentes.