Este núcleo é composto por sete indivíduos, entre eles militares e civis, que, segundo Moraes, realizaram ataques virtuais sistemáticos. O relatório também expôs alegações graves, incluindo a formação de uma “Abin Paralela”, que, segundo a acusação, utilizava a estrutura da Agência Brasileira de Inteligência para monitorar adversários políticos. Além disso, o grupo teria desenvolvido uma campanha de difamação e ataque contra comandantes das Forças Armadas, buscando pressioná-los a se aliar aos planos golpistas.
Os réus incluem figuras como Ailton Gonçalves Moraes Barros, major da reserva do Exército, e Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, presidente do Instituto Voto Legal. Todos enfrentam graves acusações, que vão desde organização criminosa armada até tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. As defesas, em suas alegações finais, argumentaram que a PGR falhou em individualizar as condutas de cada réu, sustentando que as provas apresentadas se resumem a indícios e suposições.
A sessão de julgamento teve início logo pela manhã e, inicialmente, teve apenas as manifestações de acusação e defesa, com o procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresentando sua sustentação oral. É esperado que o tribunal reserve mais sessões para discutir os casos, com datas já marcadas para os dias 15, 21 e 22 deste mês. O colegiado que julga o caso é composto por Moraes e outros ministros, e a estrutura do julgamento foi dividida pela PGR em diferentes núcleos, de acordo com a função de cada um na alegada organização criminosa. O ex-presidente Bolsonaro já foi condenado como líder do Núcleo 1, e os julgamentos dos núcleos restantes estão previstos para os próximos meses.