JUSTIÇA – STF Inicia Julgamento de Recursos de Jair Bolsonaro e Outros Réus na Trama Golpista; Decisões Podem Levar a Novas Prisões e Crise Política.

Nesta sexta-feira, 7 de outubro, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) inicia o julgamento dos recursos do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros seis réus envolvidos na ação penal relacionada ao que foi denominado como Núcleo 1 da trama golpista. O julgamento ocorrerá de forma virtual, começando às 11h, com votação aberta até as 23h59 do dia 14 de outubro.

Os réus apresentaram embargos de declaração, um tipo de recurso que busca esclarecer omissões e contradições na decisão anterior proferida em 11 de setembro, que resultou na condenação de Bolsonaro e seus aliados. É importante ressaltar que esse recurso não tem a capacidade de alterar o veredito original, sendo frequentemente negado pelo STF.

O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, será o responsável pelo primeiro voto, e os outros ministros – Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Flávio Dino – poderão inserir seus votos no sistema eletrônico posteriormente. O ministro Luiz Fux, que recentemente mudou para a Segunda Turma do STF, não participará desta votação, limitando a análise a quatro integrantes da corte.

Atualmente, Jair Bolsonaro está sob prisão cautelar devido a investigações em um inquérito relacionado ao chamado tarifaço dos Estados Unidos contra o Brasil. A possibilidade de rejeição dos embargos pode resultar na decretação da prisão de Bolsonaro e dos co-réus.

No tocante à pena, se Bolsonaro for condenado de forma definitiva, ele poderá cumprir sua sentença no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, ou em uma sala especial da Polícia Federal, com a decisão final cabendo ao ministro Moraes. Já outras figuras condenadas, como militares e delegados da Polícia Federal, poderão cumprir penas em instalações das Forças Armadas ou em alas específicas do mesmo presídio.

Em decorrência do estado de saúde do ex-presidente, é possível que sua defesa solicite a manutenção de Bolsonaro em prisão domiciliar, similar ao que ocorreu com o ex-presidente Fernando Collor, que teve o cumprimento da pena em casa após também ser condenado.

As penas previstas para os demais réus incluem 27 anos e três meses para Jair Bolsonaro e variam até 16 anos para Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Esses desdobramentos ampliam a complexidade do cenário político e jurídico no Brasil, envolvendo figuras proeminentes da administração anterior e gerando grande expectativa na população sobre as decisões que serão tomadas pela Corte.

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