Os réus incluem figuras de destaque ligado às Forças Armadas e à segurança pública, como Ailton Gonçalves Moraes Barros, Ângelo Martins Denicoli, Giancarlo Gomes Rodrigues e diversos outros oficiais do Exército, além do policial federal Marcelo Araújo Bormevet e do presidente do Instituto Voto Legal, Carlos Cesar Moretzsohn Rocha. As acusações contra eles são graves e abrangem organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, entre outros crimes de violência e dano ao patrimônio.
A sessão de hoje, com início às 9h, será dedicada às sustentações orais das defesas e da acusação, apresentadas pela PGR. As próximas etapas do julgamento estão programadas para os dias 15, 21 e 22 de novembro, oferecendo um cronograma intenso para análise das evidências e dos argumentos.
Os ministros da turmas, formada por Alexandre de Moraes, relator do caso, e os colegas Flávio Dino, Cristiano Zanin, Luiz Fux e Cármen Lúcia, terão a responsabilidade de decidir o futuro dos réus. Importante ressaltar que condenações não resultarão em prisões automáticas; as defesas têm o direito de recorrer.
Esse julgamento é apenas uma parte do complexo processo judicial que envolve vários núcleos associados ao golpe, sendo que até o momento o Núcleo 1, que inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro, foi condenado. Os Núcleos 2 e 3 ainda serão julgados neste ano, com o Núcleo 3 marcado para 11 de novembro e o Núcleo 2 previsto para dezembro. Há ainda o Núcleo 5, que envolve o empresário Paulo Figueiredo, residência nos EUA e sem defesa formal no processo, ainda sem data definida para julgamento. A expectativa entre observadores e cidadãos é alta, considerando as implicações que essas decisões podem ter para a democracia brasileira.