JUSTIÇA – STF forma maioria para permitir uso de símbolos religiosos em órgãos públicos no Brasil: decisão polêmica gera debates.



O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por maioria de votos, permitir a continuidade do uso de símbolos religiosos em órgãos públicos de todo o país. A decisão foi tomada em julgamento virtual, com seis dos 11 ministros do plenário rejeitando um recurso do Ministério Público Federal (MPF) que buscava a proibição de crucifixos, imagens de santos e outros objetos religiosos em prédios públicos.

Segundo o MPF, a permissão dos símbolos feria os princípios constitucionais da liberdade de crença religiosa e da laicidade do Estado. No entanto, o relator do caso, ministro Cristiano Zanin, destacou que o cristianismo faz parte da formação da sociedade brasileira e que os símbolos religiosos são parte da cultura do país, presentes em feriados, nomes de cidades e estados.

Zanin argumentou que a presença dos símbolos religiosos nas repartições públicas, desde que tenha o objetivo de expressar a tradição cultural da sociedade brasileira, não fere os princípios da não discriminação, da laicidade estatal e da impessoalidade. Seu voto foi seguido pelos ministros Flávio Dino, André Mendonça, Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Edson Fachin.

O julgamento virtual terá seu desfecho nesta terça-feira (26), quando os demais ministros do STF poderão apresentar seus votos. A decisão da maioria da Corte reflete a interpretação de que a presença de símbolos religiosos em prédios públicos é uma manifestação cultural e não uma violação dos princípios constitucionais.

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