JUSTIÇA – STF Envia Lista Tríplice de Mulheres para Lula Escolher Ministra do TSE, Promovendo Paridade de Gênero no Tribunal eleitoral.

O Supremo Tribunal Federal (STF) tomou uma decisão histórica ao encaminhar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva uma lista tríplice composta exclusivamente por candidatas mulheres ao cargo de ministra efetiva do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Este órgão é vital para a realização de eleições no Brasil, e a escolha de suas lideranças reflete diretamente o compromisso com a paridade de gênero na Justiça. As advogadas que integram a lista são Cristina Maria Gama Neves da Silva, Estela Aranha e Vera Lúcia Santana Araújo, esta última já atuando como ministra substituta no TSE.

Com essa lista em mãos, o presidente Lula terá a responsabilidade de escolher uma das três candidatas para ocupar uma das duas vagas destinadas à classe dos advogados no TSE. Atualmente, essas cadeiras estão ocupadas pelos ministros André Ramos Tavares e Floriano de Azevedo Marques. Embora a lista enviada ao presidente contemple apenas mulheres, os dois homens também fazem parte de uma nova lista que será encaminhada, de modo que apenas um deles poderá continuar no tribunal. A necessidade desta seleção se torna ainda mais premente em um ano eleitoral, já que as próximas eleições presidenciais estão marcadas para 2026, quando se espera que haja uma representatividade masculina e feminina equilibrada na corte.

Durante a sessão de aprovação da lista, a ministra Cármen Lúcia, que simultaneamente preside o TSE, ressaltou a importância de iniciativas como esta para garantir que as mulheres tenham espaço em esferas de decisão. Segundo ela, a ausência de uma mulher no TSE por um longo período pode levar a um descompasso na representatividade, o que se torna ainda mais evidente ao se considerar que uma nova ministra do STF, se jovem, levaria aproximadamente quinze anos até que outro nome feminino chegue à presidência do TSE.

Atualmente, o Tribunal é composto por sete ministros — três do STF, dois do Superior Tribunal de Justiça e dois advogados — e conta com substitutos. A Constituição brasileira atribui ao presidente da República a responsabilidade de nomear os advogados que farão parte deste importante órgão do Judiciário, reforçando a necessidade de um olhar atento para a diversidade de gênero nas escolhas.

Neste contexto, a decisão do STF serve como um grande passo não apenas para a inclusão feminina, mas também para a evolução do sistema judiciário brasileiro, que deve refletir a sociedade como um todo.

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