Com essa lista em mãos, o presidente Lula terá a responsabilidade de escolher uma das três candidatas para ocupar uma das duas vagas destinadas à classe dos advogados no TSE. Atualmente, essas cadeiras estão ocupadas pelos ministros André Ramos Tavares e Floriano de Azevedo Marques. Embora a lista enviada ao presidente contemple apenas mulheres, os dois homens também fazem parte de uma nova lista que será encaminhada, de modo que apenas um deles poderá continuar no tribunal. A necessidade desta seleção se torna ainda mais premente em um ano eleitoral, já que as próximas eleições presidenciais estão marcadas para 2026, quando se espera que haja uma representatividade masculina e feminina equilibrada na corte.
Durante a sessão de aprovação da lista, a ministra Cármen Lúcia, que simultaneamente preside o TSE, ressaltou a importância de iniciativas como esta para garantir que as mulheres tenham espaço em esferas de decisão. Segundo ela, a ausência de uma mulher no TSE por um longo período pode levar a um descompasso na representatividade, o que se torna ainda mais evidente ao se considerar que uma nova ministra do STF, se jovem, levaria aproximadamente quinze anos até que outro nome feminino chegue à presidência do TSE.
Atualmente, o Tribunal é composto por sete ministros — três do STF, dois do Superior Tribunal de Justiça e dois advogados — e conta com substitutos. A Constituição brasileira atribui ao presidente da República a responsabilidade de nomear os advogados que farão parte deste importante órgão do Judiciário, reforçando a necessidade de um olhar atento para a diversidade de gênero nas escolhas.
Neste contexto, a decisão do STF serve como um grande passo não apenas para a inclusão feminina, mas também para a evolução do sistema judiciário brasileiro, que deve refletir a sociedade como um todo.