Embora Barroso não tenha votado, sua presença na sessão evidencia a seriedade com que considera este julgamento. Em suas palavras, ele destacou que a história do Brasil é repleta de rupturas institucionais e que a conclusão deste caso pode ser um passo importante para a superação desse cenário. Ele afirmou: “Acredito que nós estejamos encerrando os ciclos do atraso na história brasileira, marcados pelo golpismo e pela quebra da legalidade constitucional.” Essa fala reflete um anseio por um período de maior estabilidade e respeito às instituições democráticas.
O ministro também reiterou que o julgamento não deve ser interpretado como uma perseguição política. Ele enfatizou que a decisão foi baseada em um conjunto robusto de provas, que incluía vídeos, mensagens e confissões, assegurando um processo legal transparente. “Tratou-se de um julgamento público e com devido processo legal”, comentou Barroso, reiterando a importância de se agir com imparcialidade e ética em contextos tão delicados.
No que tange às penas, o STF decidiu, por 4 votos a 1, que a maioria dos réus deve cumprir mais de 20 anos de prisão em regime fechado. No entanto, é fundamental destacar que, apesar da condenação, as prisões não ocorrerão imediatamente, uma vez que os condenados ainda têm o direito de recorrer da decisão em instâncias superiores. Este fator pode prolongar os desdobramentos legais, mas a decisão do STF é um indício claro de uma justiça que pretende ser rigorosa em relação às tentativas de violação da democracia.
Assim, enquanto o Brasil se direciona para um novo capítulo, a expectativa é de que este julgamento simbole um compromisso renovado com a legalidade e o fortalecimento das instituições democráticas, fatores essenciais para a construção de um futuro mais justo.