JUSTIÇA – STF Eleva Sigilo em Caso de Banqueiro Acusado de Fraude com R$ 17 Bilhões e Concede Habeas Corpus a Daniel Vorcaro e Outros Sócios do Banco Master.

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), recentemente determinou um aumento no grau de sigilo sobre um pedido feito pela defesa de Daniel Vorcaro, um dos sócios do Banco Master. A solicitação envolve a condução de uma investigação delicada que toca em questões políticas, uma vez que um deputado federal foi mencionado no processo. Essa decisão agrava a situação, aumentando as restrições sobre o acesso às informações públicas relacionadas ao caso.

Na última sexta-feira, os advogados de Vorcaro protocolaram uma reclamação constitucional em resposta a uma ordem da Justiça Federal de Brasília que havia determinado a prisão do banqueiro. O novo pedido, apresentado em segredo, foi finalizado e enviado ao gabinete de Toffoli, que agora figura como relator desse caso complicado. Assim que a petição chegou às suas mãos, Toffoli optou por elevar ainda mais o sigilo da investigação, tornando impossível a identificação de detalhes relevantes, até mesmo as iniciais do nome de Vorcaro, nos registros eletrônicos do Supremo.

A decisão sobre o pedido não possui um prazo estabelecido, o que mantém a expectativa sobre a deliberação do ministro. Daniel Vorcaro e outros envolvidos estão sendo investigados no âmbito da Operação Compliance Zero, uma ação da Polícia Federal que busca desmantelar um esquema de concessão de créditos fraudulentos associado ao Banco Master. A magnitude das possíveis fraudes é alarmante, com estimativas indicando que os prejuízos podem chegar a R$ 17 bilhões, e incluem tentativas de compra do Banco Master pelo Banco Regional de Brasília (BRB), um banco de propriedade pública.

Na mesma data em que a reclamação foi protocolada, a desembargadora Solange Salgado da Silva, do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, concedeu um habeas corpus que resultou na libertação de Vorcaro, assim como de outros ex-diretores do banco. Contudo, essa decisão já foi contestada pelo Ministério Público Federal, que acionou um recurso para reverter a soltura. Com as medidas cautelares impostas, Vorcaro e os outros acusados terão seus movimentos controlados por tornozeleiras eletrônicas e estão proibidos de atuar no setor financeiro, de se comunicarem com outros investigados e de deixarem o país. Assim, o desdobramento desta investigação continua a ser monitorado com grande atenção, tanto pela Justiça quanto pela opinião pública.

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