Durante os dois dias de julgamento, os advogados que defendiam a absolvição dos acusados fizeram uso de ofensas e tentaram descredibilizar a atuação dos ministros. Em um momento emblemático, o advogado Sebastião Coelho da Silva, que representa Aécio Pereira, condenado a 17 anos de prisão, chegou a afirmar que os ministros do STF são as pessoas mais odiadas do país. As declarações de Sebastião, que é ex-desembargador do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, ganharam grande repercussão e o mesmo está sendo investigado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por supostamente apoiar os grupos golpistas.
Outro momento marcante ocorreu quando um dos defensores comparou a prisão na Papuda, onde os investigados se encontram detidos, com o Holocausto e acusou o ministro Alexandre de Moraes de inverter o papel de julgador para se tornar um acusador. Moraes não deixou as acusações passarem em branco e afirmou que o advogado fez um discurso com ódio, apenas buscando ser popular nas redes sociais.
Diante de tantas polêmicas e tentativas de descredibilizar o tribunal, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), enviou um ofício demonstrando apoio ao STF. No documento, o presidente da entidade, Beto Simonetti, manifestou solidariedade aos ministros diante dos ataques sofridos durante o julgamento e expressou “plena confiança” na correta condução do processo.
A OAB reforçou sua posição de que os atentados ocorridos em 8 de janeiro representam graves ofensas à estabilidade democrática no Brasil e defendeu a responsabilização de todos os envolvidos, respeitando o devido processo legal. O apoio da OAB ressalta a importância do STF como garantidor da justiça e da ordem constitucional, e reafirma a necessidade de se combater qualquer tipo de ataque à democracia.
Com a defesa enfática da presidente Rosa Weber, e o apoio da OAB, o Supremo Tribunal Federal demonstra sua força e importância na manutenção do Estado democrático de direito no Brasil. A atuação dos ministros na condenação dos réus envolvidos nos atos golpistas de janeiro é uma resposta contundente àqueles que tentam desestabilizar as instituições democráticas do país.