JUSTIÇA – STF Determina Que Escolta de Bolsonaro Seja Feita Pela Polícia Federal e Penal, Após Polêmica em Hospital de Brasília

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tomou uma decisão importante em relação à proteção e escolta do ex-presidente Jair Bolsonaro. Na quarta-feira, 17 de outubro, Moraes determinou que a responsabilidade pela escolta de Bolsonaro deve ser assumida exclusivamente pela Polícia Federal ou pela Polícia Penal do Distrito Federal, excluindo a participação dos agentes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que até então estavam encarregados da segurança pessoal do ex-presidente.

Essa medida foi desencadeada após os esclarecimentos solicitados pelo ministro acerca da operação de escolta realizada no último domingo, 14 de outubro, quando Bolsonaro foi levado a um hospital de Brasília para a realização de um procedimento médico. De acordo com a decisão que autorizou sua saída, Bolsonaro deveria retornar imediatamente ao regime de prisão domiciliar após a consulta.

No entanto, ao deixar o hospital, o ex-presidente chamou a atenção ao ficar parado em frente à imprensa, assistindo a uma entrevista coletiva do seu médico. Durante esse tempo, recebeu apoio entusiasmado de um grupo de seguidores que o aguardava na entrada da unidade hospitalar. Essa situação levantou questionamentos sobre a condução da segurança e do transporte do ex-presidente, já que a Polícia Penal informou que a escolta foi realizada juntamente com agentes do GSI e da Polícia Federal, contradizendo a norma estabelecida por Moraes.

Analisando o ocorrido, o ministro enfatizou que, nos futuros deslocamentos de Bolsonaro, a organização e a execução devem ser exclusivamente da Polícia Penal e da Polícia Federal. Moraes justificou sua decisão apontando a necessidade de padronizar esses procedimentos para garantir a segurança do custodiado e a ordem pública, evitando os contratempos que ocorreram durante a visita ao hospital no último domingo. Ele destacou que o desembarque e o embarque de Bolsonaro ocorreram em local inadequado e sob a vigilância de um grande número de pessoas, o que poderia ter gerado riscos.

Desde o dia 4 de agosto, Jair Bolsonaro está sob prisão domiciliar, como parte de um inquérito em que ele e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, são investigados por ações que poderiam estar ligadas a um suposto projeto de retaliação contra o governo brasileiro e seus ministros. A situação tomou um novo rumo na semana passada, quando a Primeira Turma do STF decidiu, por 4 votos a 1, condenar Bolsonaro e mais sete réus por uma série de crimes relacionados a uma tentativa de golpe de Estado e organização criminosa. Essa nova fase no processo judicial promete trazer desdobramentos importantes para o ex-presidente e suas alianças políticas.

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