A lista dos condenados inclui sete membros do Exército, uma delegada da Polícia Federal, Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, presidente do Instituto Voto Legal, e Filipe Martins, que atuou como assessor de Assuntos Internacionais do ex-presidente. Todos os envolvidos foram condenados por sua participação nos núcleos 2, 3 e 4 da acusação de golpismo e estão recorrendo das sentenças enquanto permanecem em liberdade.
Em sua decisão, Moraes determinou que os réus deverão usar tornozeleiras eletrônicas, entregar seus passaportes e ficar impedidos de manter contato com outros acusados ou utilizar redes sociais. Além disso, o porte de armas também foi suspenso para esses indivíduos. O objetivo dessa medida é evitar novas tentativas de fuga, especialmente após a recente detenção de Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, que foi preso no Paraguai ao tentar embarcar para El Salvador com um passaporte falso.
O ministro expressou preocupação com o que considera uma estratégia deliberada de fuga por parte dos condenados. Ele citou exemplos de réus que já tentaram deixar o país, reforçando a necessidade de medidas mais rigorosas para evitar que isso ocorra novamente. A decisão foi justificada com base em indícios de planejamento e cooperação entre os acusados para realizar essas fugas, destacando a complexidade da organização criminosa envolvida.
Os dez acusados enfrentam penas que variam de 7 anos e 6 meses a 21 anos de prisão, refletindo a gravidade de suas ações. Esse contexto político e judicial evidencia os desafios enfrentados pelas instituições brasileiras no combate a tentativas de subverter a ordem democrática. O andamento do caso continua a ser acompanhado de perto, com implicações significativas para o futuro da segurança pública e a integridade das instituições no país.
