Moraes fez questão de ressaltar que, antes da prisão de Bolsonaro em 22 de novembro, exames foram realizados e não foi identificada qualquer urgência na intervenção cirúrgica. O ministro também destacou que, desde a prisão, não houve relatos acerca de emergências médicas que exigissem atenção imediata para o ex-mandatário. Ele garantiu que o ex-presidente tem acesso a atendimento médico contínuo e de qualidade durante seu cumprimento de pena.
A situação de Bolsonaro se tornou mais grave após ele ser condenado a um total de 27 anos e três meses de prisão em regime fechado, em decorrência de sua participação na tentativa de golpe de Estado que tinha como objetivo garantir sua permanência no poder após a derrota nas eleições de 2022. Atualmente, ele se encontra em uma cela especial, situada em um edifício da Polícia Federal em Brasília, onde, nas últimas semanas, tem recebido visitas regulares de familiares e advogados.
Recentemente, a defesa de Bolsonaro manifestou preocupações a respeito do estado de saúde do ex-presidente, informando que seu quadro havia se agravado. Eles solicitaram a liberação de Bolsonaro para realizar uma cirurgia para corrigir uma hérnia inguinal, que estaria causando crises constantes de soluços. Além disso, a defesa reiterou o pedido para que Bolsonaro pudesse cumprir sua pena em regime de prisão domiciliar, alegando que as condições do sistema prisional seriam prejudiciais à sua saúde. De acordo com os advogados, a internação para o procedimento cirúrgico exigiria um período de cinco a sete dias em um hospital particular de Brasília.
Diante desse cenário complexo, o despacho de Moraes e a perspectiva de uma perícia médica se tornam cruciais para decidir os próximos passos na situação do ex-presidente. A expectativa é que os resultados da avaliação médica definam não apenas a necessidade da cirurgia, mas também o futuro do cumprimento da pena de Jair Bolsonaro.
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