A reação do pastor foi contundente. Ele não hesitou em desferir críticas incisivas ao filho do ex-presidente, evidenciando um descontentamento com as estratégias políticas adotadas por Eduardo. Em um dos áudios, Malafaia se referiu ao deputado de forma depreciativa, afirmando: “vem teu filho babaca falar merda! Dando discurso nacionalista que eu sei que você não é a favor disso”. Em sua mensagem, ele expôs um sentimento de revolta, afirmando ainda que tinha chamado Eduardo para uma conversa dura.
O conteúdo dessas conversas, segundo Moraes, não apenas demonstra a insatisfação do pastor, mas também revela uma estratégia mais ampla, que envolvia a busca pela anistia em troca da mitigação das sanções econômicas impostas pelo governo de Donald Trump aos produtos brasileiros. Essa revelação trouxe um novo prisma para a análise da atuação de Malafaia, que foi considerado por Moraes como um agente orientador nos movimentos de Bolsonaro e Eduardo.
A determinação de Moraes culminou em ações concretas, como a busca e apreensão do celular de Malafaia, que ocorreu no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. Em uma manobra que deu margem a questionamentos sobre os desdobramentos jurídicos e políticos da situação, o ministro também estabeleceu que Malafaia está proibido de deixar o país, além de ter seus passaportes cancelados, os quais ele deve devolver em um prazo de 24 horas. Além disso, o pastor está impedido de se comunicar com outros investigados nas ações relacionadas a uma suposta tentativa de golpe de Estado, tornando mais grave a situação que envolve figuras de destaque no cenário político brasileiro.