A deputada, detentora de dupla cidadania, deixou o Brasil em busca de asilo político na Europa, após ser condenada pelo STF a dez anos de reclusão em decorrência de sua participação em um ataque ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), um evento que aconteceu em 2023. Além da pena de prisão, Zambelli também deverá arcar com R$ 2 milhões em danos coletivos.
As investigações revelaram que Zambelli atuou como a mente por trás da invasão, que tinha como objetivo emitir um mandado falso de prisão contra Alexandre de Moraes. Walter Delgatti, condenado por sua participação no crime, confirmou que realizou o hackeamento sob ordens da deputada.
Após a fuga para a Itália, o governo brasileiro reiterou seu interesse na extradição de Zambelli. O pedido formal foi feito por Moraes em 11 de junho, e posteriormente encaminhado ao governo italiano pelo Itamaraty. O documento apresenta não apenas a condenação da parlamentar, mas também os artigos do Código Penal que respaldam a solicitação.
No pedido de extradição, Moraes assegurou que, se a Itália conceder o pedido, o Brasil garante que Zambelli não será submetida a prisão ou processo por fatos anteriores à extradição, nem receberá penas perpétuas ou tratamento cruel. Essas garantias visam assegurar que a deputada tenha um tratamento justo em qualquer eventual processo judicial em seu retorno ao Brasil. A situação de Carla Zambelli, que envolve temas sensíveis como justiça, política e direitos humanos, continua a atraí atenção da sociedade e a ser um ponto de debate entre os especialistas jurídicos e políticos do país.