O réu, que reside em Apucarana (PR), foi detido na Esplanada dos Ministérios no dia dos ataques, portando um canivete, logo após deixar o Congresso Nacional. As investigações revelaram que, por meio de mensagens enviadas a parentes durante os atos, ele defendeu a intervenção militar como forma de tomar o poder.
Com base no voto do relator, ministro Alexandre de Moraes, a maioria dos ministros do STF afirmou que Matheus cometeu crimes como associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, além da deterioração de patrimônio tombado.
Durante o julgamento, a advogada Larissa Lopes de Araújo, representante do réu, emocionou-se ao fazer a sua sustentação oral e acusou o STF de desrespeitar a Constituição. Segundo ela, Matheus não participou da depredação, alegando que as imagens das câmeras de segurança mostram o acusado em locais distantes da Esplanada, em menos de cinco minutos de filmagem. Em suas palavras: “Em que momento Matheus entrou nos três prédios e quebrou tudo? Fala para mim! Em cinco minutos? Só se ele fosse um super-homem”.
Mais cedo, o STF já havia condenado outros dois réus pelos mesmos crimes. Aécio Pereira, preso no plenário do Senado, foi sentenciado a 17 anos de prisão em regime fechado. Já Thiago Mathar, preso no Palácio do Planalto, recebeu pena de 14 anos.
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