JUSTIÇA – STF condena sete réus do Núcleo 4 da trama golpista no governo Bolsonaro em votação histórica de 3 a 1.

Em uma sessão marcada por tensões, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta terça-feira, 21 de outubro, pela condenação dos sete réus do Núcleo 4 da trama golpista relacionada ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. O resultado, que culminou em um placar de 3 votos a 1 a favor da condenação, teve a participação significativa da ministra Cármen Lúcia, que reiterou a gravidade das ações do grupo.

Cármen Lúcia evidenciou o impacto prejudicial das práticas delituosas promovidas por esse núcleo, afirmando que as táticas de desinformação utilizadas foram responsáveis por uma “intimidação sutil e eficiente”, fomentando a irritabilidade política através das redes sociais. As mensagens falsas, segundo a ministra, atuaram como um campo minado nas relações sociais, revelando um panorama negativo em um período crucial para a democracia brasileira.

O julgamento contou também com os votos dos ministros Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin, ambos favoráveis à condenação. Em contraposição, o ministro Luiz Fux apresentou uma visão divergente, argumentando pela absolvição dos acusados e abrindo espaço para um debate mais amplo sobre a natureza das evidências apresentadas.

Os sete envolvidos no caso são Ailton Gonçalves Moraes Barros, Ângelo Martins Denicoli, Giancarlo Gomes Rodrigues, Guilherme Marques de Almeida, Reginaldo Vieira de Abreu, Marcelo Araújo Bormevet e Carlos Cesar Moretzsohn Rocha. Este grupo é acusado pela Procuradoria-Geral da República de articular ações de desinformação, visando disseminar notícias falsas sobre o processo eleitoral de 2022 e promover ataques a instituições democráticas.

Os crimes atribuídos aos réus incluem organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, entre outros delitos de grave natureza. Após o processo de votação, os ministros do STF vão discutir as penas a serem aplicadas, mas é importante destacar que os condenados não serão imediatamente presos, uma vez que ainda há a possibilidade de defesa apresentar recursos.

A deliberativa conjunta traz à tona não apenas a responsabilidade dos envolvidos, mas também o desafio contínuo da luta pela integridade das instituições democráticas no país. Tal julgamento não apenas reforça o papel do STF como guardião da Constituição, mas também evidencia a necessidade premente de um fortalecimento da ética e da verdade no debate político brasileiro.

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