Até o momento, o resultado do julgamento virtual mostra um placar de 3 votos a favor da condenação, envolvendo figuras de destaque na corporação, como o ex-comandante-geral Fábio Augusto Vieira e o ex-subcomandante Klepter Rosa Gonçalves, além dos coronéis Jorge Eduardo Barreto Naime, Paulo José Ferreira de Sousa e Marcelo Casimiro Vasconcelos. A maioria dos ministros também decidiu pela absolvição do major Flávio Silvestre de Alencar e do tenente Rafael Pereira Martins, que foram considerados inocentes por falta de provas concretas.
O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, expressou em seu voto que os réus falharam gravemente ao não agir para conter os atos golpistas, caracterizando suas condutas como omissões dolosas. Moraes argumentou que esse comportamento contribuiu para uma série de crimes graves, incluindo a abolição violenta do Estado Democrático de Direito e danos ao patrimônio público.
As alegações em defesa dos acusados trouxeram à tona questionamentos sobre a legitimidade do julgamento realizado pelo STF e a controvérsia sobre o foro privilegiado, uma vez que os defensores afirmaram que os réus deveriam ser julgados em instâncias inferiores. Além disso, insistiram que houve cerceamento do direito de defesa devido à falta de acesso completo à documentação do processo.
A votação, que teve início na semana anterior, ainda possui a expectativa do voto da ministra Cármen Lúcia, que é aguardado para a conclusão do julgamento. A decisão sobre a conduta dos ex-integrantes da PM destaca não apenas a gravidade dos acontecimentos de janeiro, mas também o comprometimento das instituições brasileiras com a preservação da ordem democrática e a responsabilização de aqueles em posições de autoridade. A decisão final deve ser aclamada pelas implicações que traz a respeito do controle e da accountability nas forças de segurança pública do país.









