Com a finalização dos interrogatórios, o STF encerra a fase de instrução dos casos vinculados aos núcleos 1, 2, 3 e 4 das denúncias apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR). O último grupo a ser interrogado concentrou-se no núcleo 3, cujos membros são acusados de desenvolver estratégias e táticas para implementar o plano golpista, que incluía monitoramentos de figuras-chave como o ministro Alexandre de Moraes e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Após os interrogatórios, os réus do núcleo 3 têm um prazo de cinco dias para apresentar requerimentos adicionais ou solicitar novas diligências. Para os réus dos outros núcleos, essa etapa já está em curso. A próxima fase significará também a abertura para as alegações finais da defesa e da acusação, prazo que será limitado a 15 dias. Essas manifestações representam o último passo antes da sentença, onde o tribunal poderá decidir pela condenação ou absolvição dos acusados.
As acusações enfrentadas pelos réus incluem crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, entre outros delitos que colocam em xeque a estabilidade da democracia brasileira.
Destaca-se o núcleo 1, que inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete aliados, sendo este o grupo que apresenta maior avanço no processo. A PGR já protocolou o pedido de condenação e aguarda apenas as alegações finais do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, e das defesas envolvidas. Há expectativas de que o julgamento que decidirá o destino de Bolsonaro e dos demais réus ocorra em setembro. A responsabilidade sobre a decisão cabe à Primeira Turma do STF, composta pelo relator Alexandre de Moraes e outros ministros.
A busca por justiça em um contexto de crises políticas e sociais é vital, e todos os olhos estarão voltados para essa importante decisão da mais alta corte do país. O culminar deste processo poderá estabelecer precedentes significativos para a proteção da democracia no Brasil.