Atualmente, um dos núcleos investigados, composto pelo ex-presidente e mais sete aliados, já recebeu condenações. Os núcleos 2, 3 e 4 estão previstos para serem julgados até o final deste ano. Barroso enfatizou a importância de esperar pela finalização do julgamento antes de considerar quaisquer ações, tanto de natureza política quanto judicial. Ele mencionou: “A ideia é esperar acabar o julgamento para pensar em qualquer eventual medida, seja política ou judicial”.
Até o presente momento, pelo menos seis ministros do STF foram alvos das sanções do governo norte-americano, que foram implementadas durante a administração de Donald Trump. Essas sanções incluem a suspensão de vistos e a aplicação da Lei Magnitsky, que visa punir violadores de direitos humanos. Além de Barroso, outros ministros como Edson Fachin, Cármen Lúcia, Flávio Dino, Cristiano Zanin, Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, relator dos processos relacionados à trama golpista, também foram atingidos, assim como a esposa de Moraes, a advogada Viviane Barci de Moraes. É importante destacar que os ministros Nunes Marques e André Mendonça, indicados por Bolsonaro, assim como Luiz Fux, não foram alvo de nenhuma sanção.
Barroso também abordou a necessidade de pacificação no país frente à crescente polarização política. Ele fez um chamado à reflexão, afirmando que “quem teme ser preso pela trama golpista está querendo briga, e não pacificação”, revelando sua frustração por não ter conseguido promover um clima de harmonia maior entre os diferentes segmentos da sociedade.
Com a transição que se aproxima, na próxima segunda-feira, Edson Fachin e Alexandre de Moraes tomarão posse como presidente e vice-presidente do STF, respectivamente, marcando o fim do mandato de dois anos de Barroso à frente da Corte.