JUSTIÇA – STF autoriza transferência de policial réu em trama golpista para ala de ex-policiais, após alerta de risco de fuga na Papuda.



Nesta quinta-feira, 22 de setembro, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tomou a decisão de transferir o policial militar Wladmir Matos Soares para a Ala 5 do Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. Este pavilhão é reservado a ex-policiais, ressaltando o exato contexto em que a transferência ocorreu. A medida foi impulsionada por um alerta da Polícia Militar do Distrito Federal, que apontou a possibilidade de fuga de Soares. A corporação argumentou que as condições do 19º Batalhão, onde ele estava custodiado, e o perfil do réu apresentavam perigos que justificavam a mudança.

Wladmir Matos Soares se tornou réu ao integrar o grupo investigado em uma vasta trama golpista que tem chamado a atenção das autoridades. Segundo apurações relacionadas à operação, em 2022, ele atuou como um “elemento auxiliar” no que ficou conhecido como o plano “Punhal Verde-Amarelo”. Esse esquema, conforme revelado pela Polícia Federal, tinha como objetivos a execução de diversos crimes, incluindo o assassinato de importantes líderes, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o próprio ministro Alexandre de Moraes.

Informações obtidas pelos investigadores apontam que Soares demonstrou uma disposição alarmante para agir em prol da realização do plano golpista. Em áudios abrangentes, ele expressou sua indignação em relação à postura das Forças Armadas, que se recusaram a apoiar a execução do plano. Os registros em áudio revelam um policial não apenas comprometido com a ideia de evitar a posse de Lula, mas também claramente desapontado com a falta de apoio das instituições militares.

A defesa de Wladmir Matos Soares, no entanto, apresentou uma versão contrária. Os advogados sustentam que os áudios encontrados entre os pertences do ex-policial não continham informações sigilosas sobre a segurança do presidente, mas tratavam de dados que, segundo eles, eram de domínio público e já haviam sido veiculados pela mídia. Essa deturpação de contexto levanta questões sobre o que realmente está em jogo na narrativa judicial em torno desse caso, evidenciando um drama que transcende o simples ato de um indivíduo em conflito com o sistema.

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