Alexandre de Moraes solicitou ao ministro Cristiano Zanin, que preside a Primeira Turma do STF, que iniciasse os trâmites para agendar as datas do julgamento. A expectativa é que este processo avance rapidamente, visto a importância da questão e as implicações jurídicas que o caso possui.
Os réus que compõem o Núcleo 4 são acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de orquestrar uma série de atividades de desinformação. As acusações incluem a disseminação de notícias falsas relacionadas ao processo eleitoral e a realização de ataques virtuais contra instituições e autoridades durante o ano de 2022. As evidências apontam para uma tentativa deliberada de minar a confiança do público nas instituições democráticas do país.
Entre os acusados estão figuras de destaque como o major da reserva do Exército Ailton Gonçalves Moraes Barros, e seus colegas Ângelo Martins Denicoli, Giancarlo Gomes Rodrigues, Guilherme Marques de Almeida e Reginaldo Vieira de Abreu, além de Marcelo Araújo Bormevet, da Polícia Federal, e Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, presidente do Instituto Voto Legal. A presença de militares e autoridades de segurança nesse conjunto de réus levanta preocupações sobre o papel das forças armadas em tempos de crise política.
Vale lembrar que, até o momento, apenas os integrantes do Núcleo 1, que inclui o próprio Jair Bolsonaro e mais sete réus, já foram condenados. Com o Núcleo 4 agora em pauta, os núcleos 2 e 3 também estão previstos para serem julgados ainda este ano, indicando que o STF está em um caminho decisivo para tratar das consequências legais da tentativa de golpe que ameaçou a estrutura democrática do Brasil. Este processo representa um momento crucial para a justiça brasileira e para a restauração da confiança nas instituições.