JUSTIÇA – STF autoriza governo a solicitar crédito para pagar precatórios e declara parcialmente inconstitucionalidade do teto de gastos

O Supremo Tribunal Federal (STF) encerrou hoje (30) o julgamento virtual acerca da validade do regime de pagamento de precatórios, títulos de dívidas do governo reconhecidas definitivamente pela Justiça. Com uma votação de 9 a 1, os ministros autorizaram o governo a solicitar a abertura de crédito extraordinário para o pagamento do estoque das dívidas judiciais, estimado em R$ 95 bilhões para 2023, e que não entrará no cálculo das metas fiscais vigentes.

O voto do ministro Luiz Fux, relator do caso, foi preponderante, e declarou parcialmente a inconstitucionalidade do teto de gastos para o pagamento de precatórios, proposto em 2021 pelo governo Bolsonaro e aprovado pelo Congresso Nacional para cumprir as metas fiscais. A ação contestando a constitucionalidade do novo regime foi protocolada em 2021 pelo PDT e pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Apesar da maioria a favor da medida ter sido formada na segunda-feira (27), a análise foi suspensa por um pedido de vista.

Essa decisão tem grandes repercussões, uma vez que o pagamento de precatórios é uma questão crucial para as finanças públicas do país, e a possibilidade de abrir crédito extraordinário para o pagamento dessas dívidas representa um desafio para o governo federal. A decisão vai de encontro à proposta de teto de gastos implementado em 2021, criando um cenário de incerteza sobre a gestão fiscal do país.

Diversos especialistas e analistas econômicos aguardavam ansiosamente por esse desfecho, uma vez que a questão do pagamento de precatórios e seu impacto nas finanças públicas é um tema de grande relevância, influenciando diretamente a estabilidade econômica e a credibilidade do governo perante os agentes econômicos e a sociedade.

Agora, resta aguardar como o governo federal reagirá a essa decisão e quais serão os próximos passos tomados para lidar com o pagamento das dívidas judiciais no cenário atual de desafios fiscais e orçamentários. A decisão do STF certamente terá um impacto significativo nas finanças públicas e no desenvolvimento econômico do país nos próximos anos.

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