As medidas cautelares, decididas na semana passada, incluem uma proibição clara de uso das redes sociais pelo ex-mandatário. Moraes deixou explícito que qualquer descumprimento dessa ordem poderá resultar na decretação da prisão preventiva de Bolsonaro. Em uma comunicação firme, o ministro destacou que a proibição não se restringe apenas ao uso direto das plataformas digitais, mas também se estende a qualquer forma de compartilhamento de conteúdo, seja através de transmissões, retransmissões ou veiculação de áudios e vídeos, mesmo que por meio de intermediários. A intenção é evitar que o ex-presidente utilize esses canais para contornar a regulamentação judicial imposta.
Essas cautelares foram estabelecidas no contexto de um inquérito em que o filho de Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, é alvo de investigações por sua suposta colaboração com o governo dos Estados Unidos na elaboração de estratégias para retaliar o Brasil e evitar o avanço de ações penais relacionadas a supostas tentativas de golpe.
Além da proibição do uso de redes sociais, as medidas determinadas para o ex-presidente incluem a utilização de uma tornozeleira eletrônica, restrições de recolhimento domiciliar, e a proibição de contato com embaixadas, consulados e autoridades estrangeiras. Bolsonaro também terá que se abster de manter comunicações com seu filho e outros investigados ligados ao caso. Tais ações visam garantir a proteção das investigações e a manutenção da ordem judicial num momento de intensa polarização política e discussões sobre a legitimidade das ações do ex-presidente.
A situação continua a evoluir, e as consequências para Bolsonaro, caso não atenda às determinações do STF, poderão se tornar ainda mais graves. O clima permanece tenso, enquanto o país aguarda desdobramentos nesta intricada e delicada questão judicial.