As expectativas giram em torno da possibilidade de que o julgamento ocorra na segunda quinzena de setembro. Este andamento é especialmente relevante, pois recentemente se encerrou o prazo de 15 dias estabelecido para que as defesas dos réus, que compõem o chamado Núcleo 1 da trama golpista, apresentassem suas alegações finais. Esta fase representa a última etapa processual antes do efetivo julgamento.
A Primeira Turma é composta ainda pelos ministros Flávio Dino, Cármen Lúcia e Luiz Fux, que irão deliberar sobre os crimes atribuídos aos réus. As acus ações incluem organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado por violência e grave ameaça, além de deterioração de patrimônio tombado. Os réus se expõem a penas que podem superar 30 anos de reclusão, caso sejam condenados.
Os nomes envolvidos no processo são de grande relevância na política brasileira, destacando-se o ex-presidente Jair Bolsonaro, e outros complementares como Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), e Almir Garnier, ex-comandante da Marinha. Outros nomes incluem Anderson Torres, que já ocupou o cargo de ministro da Justiça, Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, e Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa. A lista é completada por Walter Braga Netto, que foi ministro durante o governo Bolsonaro, e Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente.
O desdobramento deste caso é aguardado com expectativa, uma vez que poderá impactar significativamente a cena política e jurisprudencial do Brasil.