Fernandes destacou que o depoimento de um dos principais testemunhas de acusação, o comandante da Força Aérea, brigadeiro Batista Júnior, oferece suporte à defesa de Nogueira. Segundo o advogado, o testemunho é “contundente” e comprova que o ex-ministro foi enredado em uma situação de desgraça, sem participação real nas supostas atividades golpistas. A defesa sustenta que Paulo Sérgio foi, na verdade, um crítico das tentativas de contestar o resultado eleitoral.
Além disso, Fernandes questionou a lógica de se acusar Nogueira de ser parte de uma organização criminosa se, de acordo com os relatos, houve esforços para removê-lo do cargo. Ele reiterou que a inocência de Paulo Sérgio está não só provada, mas evidenciada de forma robusta no processo.
O julgamento, que envolve mais sete réus, incluindo Jair Bolsonaro e outros ex-ministros de seu governo, segue em ritmo acelerado. A Primeira Turma do STF está avaliando a possível condenação dos envolvidos em um esquema que, supostamente, buscava reverter o resultado das eleições. Durante esta fase, advogados do ex-presidente e de outros acusados têm apresentado suas defesas.
As acusações formuladas contra os réus são sérias e englobam crimes como organização criminosa armada e tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito. O julgamento está programado para ocorrer em várias sessões, culminando, possivelmente, em uma decisão sobre a condenação ou absolvição dos acusados. O caso tem atraído considerável atenção pública, sendo transmitido ao vivo em diversos canais de mídia. É um momento crucial para a democracia no Brasil, onde as consequências legais e políticas do desenrolar deste caso podem ter repercussões significativas.