JUSTIÇA – STF adia julgamento da revisão da vida toda de aposentadorias do INSS devido a demanda sobre política ambiental de Bolsonaro

O Supremo Tribunal Federal (STF) adiou nesta quinta-feira (29) a retomada do julgamento sobre a revisão da vida toda de aposentadorias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A análise do caso estava prevista para a sessão desta quinta-feira (29), no entanto, o julgamento de ações sobre a política ambiental do governo de Jair Bolsonaro acabou ocupando todo o tempo da sessão, o que levou ao adiamento da discussão sobre a revisão da vida toda.

Os ministros do STF precisarão decidir se irão alterar a decisão anterior da Corte, que reconheceu a possibilidade de revisão da vida toda em 2022. Essa decisão permitiu que aposentados que entraram com ações judiciais pudessem requisitar o recálculo de seus benefícios considerando todas as contribuições feitas ao longo de suas vidas.

Apesar da decisão favorável, a revisão ainda não está sendo aplicada devido a um recurso do INSS, que busca restringir os efeitos da validade da revisão. O órgão pretende limitar a revisão a benefícios previdenciários já extintos, além de impedir o pagamento de diferenças retroativas antes de 13 de abril de 2023, data em que o acórdão do julgamento do STF foi publicado.

O processo em questão analisado pelo STF é um recurso do INSS contra uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que assegurou a um segurado do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) o direito de revisar seu benefício com base nas contribuições realizadas antes de 1994. Associações que defendem os aposentados argumentam que as contribuições previdenciárias anteriores a julho de 1994 deveriam ser consideradas no cálculo dos benefícios, uma vez que deixaram de ser levadas em conta após a reforma da previdência de 1999.

Segundo essas entidades, muitos segurados do INSS tiveram seus benefícios reduzidos devido à exclusão dessas contribuições. A nova data para o julgamento sobre a revisão da vida toda ainda não foi definida pelo STF.

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