A sessão que estava marcada para esta quinta-feira foi adiada devido a falta de consenso entre os ministros do STF, que não conseguiram chegar a um voto conjunto. O presidente do Supremo, ministro Luís Roberto Barroso, justificou o adiamento por conta do julgamento da Primeira Turma, que tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro réu por envolvimento em uma trama golpista.
Barroso ressaltou a preocupação da Corte com a letalidade policial e as vítimas inocentes das comunidades pobres, reforçando a importância de se produzir um voto de consenso para enviar uma mensagem clara sobre a segurança pública no Rio de Janeiro e no país.
A ADPF das Favelas foi protocolada em 2019 pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) e desde então o STF vem determinando medidas para reduzir a violência durante as operações policiais realizadas contra o crime organizado nas comunidades cariocas. Em fevereiro deste ano, o relator do caso, ministro Edson Fachin, reafirmou as determinações para a atuação da Polícia Militar durante as operações e nas investigações de mortes de moradores e policiais ocorridas nesses confrontos.
A expectativa agora fica para a nova data marcada para a retomada do julgamento, a fim de que se chegue a um consenso e se possa dar continuidade às medidas que visam garantir a segurança e a integridade das comunidades nas ações policiais no Rio de Janeiro.