Justiça solta homem que matou tia e arrancou seu coração; filha teme por segurança e vive em desespero após decisão judicial.

A recente decisão do sistema judiciário de Mato Grosso, que resultou na liberação de Lumar Costa da Silva, de 34 anos, desencadeou uma onda de revolta e apreensão entre os familiares de sua vítima, Maria Zélia da Silva Cosmo, que foi brutalmente assassinada em 2019. O crime, que chocou a comunidade de Sorriso, envolveu a retirada do coração da mulher e a tentativa de sequestro da filha dela, uma menina de apenas sete anos.

Lumar, que estava internado no Hospital Psiquiátrico Adauto Botelho em Cuiabá, foi liberado após receber alta médica, uma decisão que ocorreu na última segunda-feira, 23 de junho. Ele agora irá cumprir uma medida de segurança ambulatorial em Campinas, São Paulo, onde será acompanhado por sua família, que assumirá sua custódia. As condições impostas pela Justiça incluem proibições rigorosas, como a obrigação de não sair da comarca sem autorização judicial e a restrição de frequentar locais considerados inadequados para sua condição.

Patrícia Cosmo, filha da vítima, expressou seu desespero em entrevista. Para ela, a soltura de Lumar representa um verdadeiro pesadelo. “É medo, né? Infelizmente, a gente fica com medo. A rotina da minha casa agora é um campo de pânico”, afirmou, revelando que seus filhos também estão aterrorizados. A lembrança do horror vivido no dia em que sua mãe foi morta é uma constante em sua mente. “Ele não só tirou a vida dela. Ele destruiu tudo”, desabafou, refletindo sobre o impacto devastador do crime em sua família.

Os desdobramentos do caso têm gerado debates acalorados sobre a segurança pública e o tratamento de indivíduos que cometem crimes sob influência de substâncias psicoativas. Embora a Justiça tenha estabelecido um acompanhamento para Lumar, o receio de Patrícia e de muitos moradores da região é palpável. Em seu apelo, ela implora ajuda divina e compaixão, reconhecendo que a força para lidar com essa situação angustiante vem de sua fé. “Confio que Ele ainda vai nos proteger”, conclui, deixando em evidência o dilema entre a busca por justiça e a necessidade de segurança em um contexto repleto de incertezas e temor.

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