Os dois empresários estavam detidos desde a terça-feira, 12 de setembro, em decorrência de uma operação conduzida pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP). Essa ação visava desmantelar um esquema de corrupção que envolvia auditores-fiscais da Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo (Sefaz-SP).
A investigação, que começou há seis meses, revelou que o esquema de corrupção vinha ocorrendo desde 2021. De acordo com os promotores, empresários do setor varejista teriam pago propinas aos auditores para facilitar o ressarcimento de créditos de ICMS, um imposto sobre a circulação de mercadorias. Embora todas as empresas varejistas tenham direito a esse ressarcimento, o processo geralmente é complicado e envolve prazos extensos, o que pode levar alguns a buscar caminhos ilegais para acelerar a liberação dos créditos tributários.
O promotor Roberto Bodini destacou que as investigações indicam a possibilidade de que outras empresas do setor varejista também tenham se beneficiado deste esquema, o que pode ampliar as consequências legais para os envolvidos.
Por meio de comunicados oficiais, a Fast Shop afirmou estar colaborando plenamente com as autoridades competentes na apuração dos fatos. Por sua vez, a Ultrafarma declarou que as informações divulgadas serão esclarecidas ao longo do processo, ressaltando sua expectativa de demonstrar a inocência de seus representantes durante a instrução do caso.
A libertação dos executivos marca um desdobramento significativo nesta investigação, que tem chamado a atenção da opinião pública e levantado questões sobre a integridade do setor varejista no estado. A continuidade das apurações promete revelar mais detalhes sobre as práticas ilegais que possam ter influenciado o mercado.