Segundo informações lançadas pela assessoria de comunicação do senador, a viagem à América do Norte foi realizada com um passaporte diplomático que, estranhamente, permaneceu sob a posse de do Val. A assessoria ressaltou que o passaporte é válido até 31 de julho de 2027 e não possui restrições. Em um movimento quase surpreendente, a Embaixada dos Estados Unidos em Brasília também renovou, em julho de 2025, o visto oficial do senador, garantindo sua validade até 2035. Este reconhecimento internacional sugere que, administrativamente, ele mantém seu status diplomático.
Contudo, a Polícia Federal tem estado vigilante em relação a Marcos do Val. Recentemente, foram realizadas buscas em seus endereços pessoais e comerciais em busca de seu passaporte diplomático, o qual, até então, não foi localizado. Desde fevereiro, a decisão que confirma o bloqueio do passaporte do senador foi ratificada por unanimidade por cinco ministros do STF, incluindo Moraes, Cármen Lúcia, Luís Fux, Cristiano Zanin e Flávio Dino. A investigação em curso envolve acusações que alegam que do Val estaria envolvido em ações para intimidar e constranger investigadores da PF.
Além disso, em uma manobra que também se mostrou infrutífera, o senador protocolou recentemente um pedido no STF para viajar em férias com sua família, pedido que foi negado por Moraes. A desconexão entre a ordem judicial e a efetiva viagem levanta questões sobre a segurança das normas e a integridade do processo judicial. O desdobramento da situação, principalmente a forma como do Val conseguiu deixar o país, continua a intrigar tanto o público quanto os analistas políticos, que aguardam novos esclarecimentos.