A data para o julgamento foi definida pelo juiz Gustavo Kalil, titular do 4º Tribunal do Júri, durante uma reunião especial com representantes do Ministério Público, assistentes de acusação e a defesa dos réus. Kalil, que presidirá o julgamento, destacou a importância da presença apenas das pessoas diretamente envolvidas no júri, a fim de evitar aglomerações e tumultos durante o processo. O prazo estabelecido para as provas orais finais é de 10 dias.
O assassinato de Marielle Franco chocou o país e teve repercussão internacional, sendo considerado um ataque à democracia. A vereadora do PSOL foi morta a tiros no bairro do Estácio, no Rio de Janeiro, enquanto voltava de um evento. O motorista Anderson Gomes também foi vítima do atentado, que deixou uma assessora da parlamentar ferida.
Desde então, uma complexa investigação foi conduzida, resultando nas prisões de Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, apontados como os executores do crime. Além deles, os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, supostos mandantes dos assassinatos, foram presos recentemente, juntamente com o ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa. O processo envolvendo os mandantes está em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF).
O julgamento dos acusados é visto como um momento decisivo na busca por justiça no caso Marielle Franco. O Instituto Marielle Franco e a Anistia Internacional ressaltam a importância desse momento e enfatizam a necessidade de garantir que todos os responsáveis pelo crime sejam levados à justiça, incluindo os planejadores e aqueles que tentaram obstruir as investigações.
A família de Marielle Franco e diversas organizações realizarão atos e mobilizações em memória da vereadora e do motorista Anderson Gomes, cobrando justiça e reparação. A luta por justiça continua, em meio a um cenário de violência contra defensores dos direitos humanos e da necessidade de garantir que casos como esse não se repitam. O Brasil precisa enfrentar seus desafios e garantir que a democracia seja preservada e a justiça prevaleça.