De acordo com o relatório da Polícia Federal, cujo sigilo foi levantado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), as estratégias incluíam a criação de uma narrativa para afastar a responsabilidade do grupo investigado e buscar o impeachment do presidente da República. Além disso, o documento revela planos para desgastar o STF e o ministro Alexandre de Moraes, com o intuito de avançar em pedidos de impeachment de outros ministros da corte suprema.
Uma das táticas era mostrar um suposto abuso de poder do STF, comparando a prisão dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro com as prisões dos judeus pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. O objetivo era anular as prisões dos chamados “patriotas” e enfraquecer a imagem do Supremo Tribunal Federal perante a opinião pública.
Além das orientações para a CPMI, foram encontradas anotações de Mário Fernandes para criar uma narrativa contra o então ministro da Justiça, Flávio Dino. O objetivo era responsabilizá-lo por omissão na tentativa de golpe de Estado em Brasília.
A descoberta dessas estratégias revela um cenário de manipulação e tentativa de obstrução da justiça por parte de altos funcionários do governo, o que coloca em xeque a credibilidade das instituições e reforça a necessidade de investigações rigorosas para garantir a democracia e o estado de direito no país.
