JUSTIÇA – Relatório da PF revela tentativa de golpe de Estado liderada por Bolsonaro e aliados com menções à ditadura militar.



O relatório da Polícia Federal (PF) divulgado recentemente trouxe à tona detalhes alarmantes sobre uma tentativa de golpe de Estado envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 36 pessoas. O documento, que teve seu sigilo levantado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, revela conversas entre aliados de Bolsonaro que mencionam a ditadura militar no Brasil.

Um dos trechos mais impactantes do relatório é uma troca de mensagens entre Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e o tenente-coronel do Exército Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros. Nesse diálogo, Cid reclama da espera por um decreto do ex-presidente para dar início ao golpe, chegando a afirmar que em 1964 “não precisou de ninguém assinar nada”. O documento aponta que o golpe não se concretizou devido à falta de apoio do Alto Comando do Exército.

Em outro momento da conversa, Cavaliere expressa sua insatisfação com a não efetivação do golpe, chamando a atitude de covarde. O ex-ajudante de ordens concorda e acrescenta que todos foram covardes, incluindo o então presidente da República e os Comandantes das Forças Armadas. A PF destaca que esse contexto incluiu referências ao golpe militar do passado, ressaltando divergências e críticas entre os envolvidos.

Além disso, o relatório da PF aponta que o grupo criminoso atuou para desacreditar o processo eleitoral e planejou o assassinato do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do STF Alexandre de Moraes. Os indiciados se organizaram em seis núcleos criminosos para executar ações que visavam desestabilizar a democracia brasileira.

No total, 37 pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal por sua participação na tentativa de golpe de Estado e na abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Os desdobramentos desse relatório continuam sendo acompanhados de perto, já que o envolvimento de ex-autoridades e militares em atividades antidemocráticas representa um grave perigo para a estabilidade e a governabilidade do país.

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