JUSTIÇA – Rapper Oruam permanece preso após audiência; indiciado por sete crimes, ele confrontou policiais defendendo um adolescente suspeito de roubo em operação no Rio.

A Justiça do Rio de Janeiro decidiu na última quarta-feira (23) manter a prisão preventiva do rapper Mauro Davi Nepomuceno dos Santos, mais conhecido como Oruam. A audiência de custódia, realizada para avaliar a situação do artista, não resultou na liberação, conforme explicado pela juíza Rachel Assad da Cunha. Segundo ela, a análise sobre o pedido de liberdade ou substituição da prisão não poderia ser feita pelo juízo da Central de Custódia, uma vez que o mandado de prisão era válido e não havia sido alterado.

Oruam foi indiciado por uma série de crimes que incluem associação ao tráfico de drogas, tráfico de drogas, resistência, desacato, dano, ameaça e lesão corporal. Esses crimes teriam ocorridos na noite de segunda-feira (21), em frente à residência do rapper, localizada no bairro Joá, uma das áreas mais nobres da zona oeste do Rio de Janeiro. De acordo com as informações, Oruam e um grupo de amigos teriam bloqueado a ação de agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), que tentavam cumprir um mandado de apreensão contra um adolescente supostamente envolvido em uma organização criminosa de grande influência, liderada por Edgar Alves de Andrade, nome conhecido no tráfico na região.

Curiosamente, Oruam é filho de Márcio dos Santos Nepomuceno, conhecido como Marcinho VP, um dos líderes históricos do Comando Vermelho, que atualmente está encarcerado. Após os eventos da noite de segunda, Oruam se entregou voluntariamente à Polícia Civil na Cidade da Polícia na tarde de terça-feira (22).

A situação se agravou quando, segundo relatos dos policiais, Oruam e seus comparsas investiram contra a equipe policial, proferindo xingamentos e lançando pedras em uma viatura descaracterizada. O rapper chegou a publicar vídeos nas redes sociais, mostrando o momento de hostilidade contra os agentes. A confusão culminou com a fuga de Oruam e seus amigos, e a polícia acionou reforços para prender um dos indivíduos que se refugiou na casa do rapper.

O processo de prisão preventiva é um mecanismo utilizado pela Justiça para garantir a presença do acusado durante o andamento do processo, mesmo antes de ser considerado culpado, e deve ser revisitado a cada 90 dias. A situação de Oruam levanta questões sobre a relação entre figuras públicas e a Justiça, especialmente em um contexto tão complexo quanto o do tráfico de drogas no Rio de Janeiro.

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