JUSTIÇA – Quatro militares das forças especiais do Exército são alvos da Operação Contragolpe para desarticular organização criminosa em plano de golpe.



Na manhã desta quinta-feira, a Polícia Federal deflagrou a Operação Contragolpe, com o objetivo de desarticular uma suposta organização criminosa responsável por planejar um golpe de Estado. Entre os alvos da operação, estão pelo menos quatro militares das forças especiais do Exército. A ação contou com a autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que determinou a prisão preventiva do general da reserva Mário Fernandes, bem como dos tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra Azevedo. Além disso, o policial Wladimir Matos Soares também teve sua prisão preventiva decretada.

De acordo com as informações levantadas pela Polícia Federal, Mário Fernandes, que já atuou como chefe substituto da Secretaria-Geral da Presidência da República durante a gestão de Jair Bolsonaro, é descrito como um investigado de perfil radical, com intenções antidemocráticas e que teria atuado junto a pessoas acampadas em frente ao Quartel General do Exército após as eleições presidenciais de 2022. Os quatro principais alvos da operação são identificados como “kids pretos”, oficiais militares especializados em operações especiais.

Segundo Alexandre de Moraes, a investigação da Polícia Federal reuniu indícios de que o grupo planejava matar o presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin, com o intuito de impedir a posse do governo legitimamente eleito e restringir o livre exercício da democracia e do Poder Judiciário brasileiro. As autoridades também destacaram que os investigados utilizaram um elevado nível de conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar as ações ilícitas.

O agente federal Wladimir Matos Soares é apontado como o responsável por fornecer informações que subsidiariam as ações desencadeadas pelo grupo militar. O planejamento da operação teve seu ápice entre novembro e dezembro de 2022, com os investigados denominando a ação como Copa 2022. A Agência Brasil continua tentando contato com os advogados dos investigados citados, a fim de obter mais informações sobre o caso.

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