De acordo com as informações levantadas pela Polícia Federal, Mário Fernandes, que já atuou como chefe substituto da Secretaria-Geral da Presidência da República durante a gestão de Jair Bolsonaro, é descrito como um investigado de perfil radical, com intenções antidemocráticas e que teria atuado junto a pessoas acampadas em frente ao Quartel General do Exército após as eleições presidenciais de 2022. Os quatro principais alvos da operação são identificados como “kids pretos”, oficiais militares especializados em operações especiais.
Segundo Alexandre de Moraes, a investigação da Polícia Federal reuniu indícios de que o grupo planejava matar o presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin, com o intuito de impedir a posse do governo legitimamente eleito e restringir o livre exercício da democracia e do Poder Judiciário brasileiro. As autoridades também destacaram que os investigados utilizaram um elevado nível de conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar as ações ilícitas.
O agente federal Wladimir Matos Soares é apontado como o responsável por fornecer informações que subsidiariam as ações desencadeadas pelo grupo militar. O planejamento da operação teve seu ápice entre novembro e dezembro de 2022, com os investigados denominando a ação como Copa 2022. A Agência Brasil continua tentando contato com os advogados dos investigados citados, a fim de obter mais informações sobre o caso.