Um dos crimes mais relevantes relacionados ao grupo ocorreu em março deste ano, quando os criminosos realizaram uma falsa blitz na Estrada da Grota Funda. Na ocasião, o policial civil João Pedro Marquini e sua esposa, Tula Corrêa de Mello, juíza titular do 3º Tribunal do Júri, foram surpreendidos pelos assaltantes. Ao perceber a situação de risco, Marquini tentou informar sua esposa, descendo do veículo, mas acabou sendo alvo de disparos de fuzil, culminando em sua morte. Tula conseguiu escapar rapidamente, utilizando suas habilidades de direção defensiva, apesar de um tiro atingir a lataria de seu carro blindado.
As investigações apontam que a quadrilha possuía uma estrutura organizacional bem definida, com funções específicas para cada membro, incluindo o abastecimento de drogas, segurança armada dos pontos de venda, e até mesmo logística de entrega. A organização não só controlava o tráfico na comunidade, como também realizava ataques a áreas dominadas por milícias rivais, colocando em risco a vida de moradores e frequentadores de creches, hospitais e áreas de lazer nas imediações.
As autoridades destacam que quatro integrantes do grupo foram não apenas denunciados por tráfico, mas também por latrocínio, em relação ao assassinato do policial Marquini e a tentativa de latrocínio contra a juíza. Na última segunda-feira, uma operação conjunta da Delegacia de Homicídios e da Coordenadoria de Recursos Especiais foi iniciada para cumprir os mandados de prisão na Comunidade dos Tabajaras, resultando na prisão de seis indivíduos e na morte de um deles em confronto com a polícia. Essas ações visam desmantelar a organização criminosa que vem desafiando a ordem pública na região.