A transferência de Monique foi determinada pela juíza Elizabeth Machado Louro, titular do II Tribunal do Júri do Rio de Janeiro. A decisão atendeu a um pedido da defesa da acusada, que relatou novas denúncias de ameaças enfrentadas por Monique na unidade prisional onde estava anteriormente. A defesa informou que solicitou providências à juíza diante dessas ameaças, que prontamente determinou a transferência.
A juíza ressaltou a necessidade de encontrar uma unidade prisional segura para Monique, uma vez que a acusada já foi rejeitada pelas outras internas em todas as unidades por onde passou. Elizabeth Machado Louro também manifestou sua insatisfação com a falta de resposta às indagações feitas pela defesa de Monique sobre as denúncias de ameaças.
A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) realizou a transferência de Monique no mesmo dia em que saiu a decisão da juíza. Em nota, a Seap afirmou que respeita e cumpre todas as decisões judiciais e confirmou que a custodiada já foi levada para a Penitenciária Talavera Bruce.
No entanto, a Seap negou que tenha havido qualquer situação de risco para Monique Medeiros no Instituto Penal Santo Expedito. Segundo a direção da unidade, não foram registrados episódios que colocassem em risco a integridade física da acusada, e nenhuma das supostas ameaças foi comprovada.
Essa não é a primeira vez que a juíza Elizabeth Machado Louro decide sobre o caso de Monique Medeiros. Em abril do ano passado, a magistrada substituiu a prisão preventiva da acusada por monitoramento com tornozeleira eletrônica. Já em junho do mesmo ano, após um pedido do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, Monique voltou a ser presa. Posteriormente, em agosto de 2020, uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) revogou a prisão preventiva de Monique, permitindo que ela respondesse ao processo em liberdade. No entanto, em julho deste ano, uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a volta de Monique à prisão.
O caso de Monique Medeiros e Dr. Jairinho continua em andamento, e ambos são réus pelos crimes de tortura e homicídio triplamente qualificado de Henry Borel.