Nos últimos 16 anos, quatro chefes da Polícia Civil do Rio de Janeiro foram presos, o que evidencia a gravidade da situação. A ligação da cúpula da Polícia Civil com a criminalidade organizada e com esquemas ilícitos tem sido uma constante ao longo dos anos, resultando em uma instituição cada vez mais militarizada e afastada de suas funções originais de policiamento democrático.
O coordenador do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC), Pablo Nunes, também se pronunciou sobre o caso, destacando que as recentes prisões relacionadas ao assassinato da vereadora Marielle Franco revelam o cenário de degradação institucional do Rio de Janeiro. Para Nunes, a refundação das polícias é essencial para melhorar a segurança pública e garantir o respeito aos direitos e à Constituição.
Diante desse cenário alarmante, a Corregedoria-Geral de Polícia Civil informou que instaurou um inquérito para apurar a conduta dos delegados envolvidos, incluindo Rivaldo Barbosa, suspeito de envolvimento no assassinato de Marielle Franco, e Gíniton Lages, ex-chefe do Departamento de Homicídios do Rio de Janeiro. A corporação afirmou que as investigações seguirão o rito legal adequado conforme a complexidade de cada caso.
Em resumo, a situação da Polícia Civil do Rio de Janeiro é preocupante e requer medidas drásticas para garantir a transparência, a eficiência e a legalidade das ações policiais. A sociedade precisa cobrar uma atuação mais rigorosa e ética por parte das instituições responsáveis pela segurança pública.