JUSTIÇA – Procuradoria-Geral de Justiça se pronuncia contra decisão da Prefeitura de São Paulo em proibir serviços de mototáxi por aplicativos



Na eterna batalha entre as plataformas de serviços de mototáxi por aplicativos e a Prefeitura de São Paulo, mais um capítulo se desenhou com o parecer da Procuradoria-Geral de Justiça. Este parecer vai de encontro à decisão da administração municipal de proibir os serviços de mototáxi na capital paulista.

A Procuradoria-Geral destacou que a suspensão imposta pela prefeitura fere a competência da União e os princípios da livre concorrência e iniciativa. Essa posição se alinha com a Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) movida pela Associação dos Motofretistas do Brasil (AMB), que contesta a suspensão das atividades de mototáxi em São Paulo.

Por sua vez, a prefeitura emitiu uma nota explicando que a proibição dos mototáxis é parte de uma campanha para alertar a população sobre os riscos do uso desse transporte na cidade. A administração municipal destaca que a medida busca preservar a vida e a segurança no trânsito, com a preocupação crescente em relação ao aumento de acidentes e mortes envolvendo motocicletas.

De acordo com os dados divulgados pela prefeitura, o número de mortes relacionadas a acidentes com motocicletas teve um aumento significativo entre os anos de 2023 e 2024, com um crescimento de 20%. Essa estatística alarmante reforça a necessidade de regulamentação e controle desses serviços na capital paulista.

A disputa entre a prefeitura e as plataformas de aplicativos teve início em janeiro, quando empresas como Uber e 99 passaram a oferecer o serviço de mototáxi em áreas específicas da cidade. No entanto, a Justiça determinou a suspensão temporária dessas atividades até que o mérito da ação seja julgado.

Com tantos interesses em jogo e a preocupação com a segurança dos cidadãos, a questão dos mototáxis em São Paulo continua sendo um tema polêmico e de grande importância tanto para as empresas envolvidas quanto para a administração municipal e a população em geral. A decisão final sobre a regulamentação desses serviços promete ser intensamente debatida e aguardada nos próximos desdobramentos.

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