A razão do pedido de prisão se deu pelo fato de Léo Índio ter fugido para a Argentina após se tornar réu no STF por seu envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. O julgamento que levou à sua condição de réu foi realizado no mês passado pela Primeira Turma da Corte.
Gonet destacou em sua manifestação enviada ao STF que o sobrinho do ex-presidente violou as medidas cautelares que deveria cumprir ao responder ao processo em liberdade. Segundo o procurador, a fuga de Léo Índio para a Argentina demonstra seu descumprimento deliberado de medidas que deveriam ser cumpridas, desrespeitando as leis penais e as decisões emanadas pelo Supremo Tribunal Federal.
Em entrevista concedida à Rádio Massa FM, de Cascavel (PR), Léo Índio confirmou que está no país vizinho há 20 dias por medo de ser preso. Ele é acusado de participar dos atos do dia 8 de janeiro e de fazer publicações nas redes sociais durante as invasões.
Diante da decisão que o tornou réu, o sobrinho de Bolsonaro responderá pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, associação criminosa, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, além da deterioração do patrimônio tombado da União.
A defesa de Léo Índio negou as acusações, afirmando que ele não cometeu os crimes dos quais é acusado. No entanto, a decisão do STF de torná-lo réu se mantém. Os advogados confirmaram a fuga do sobrinho de Bolsonaro na semana passada, o que tem gerado repercussão em todo o país.