Além disso, o procurador alegou que os acusados estariam envolvidos em um movimento ideologicamente motivado, alinhado a outras paralisações em todo o país, com o objetivo de pedir o fechamento do STF e uma intervenção militar, devido à insatisfação com o resultado das eleições presidenciais. Segundo Gonet, os bloqueios e as ações violentas durante as manifestações representam uma tentativa de ataque ao Estado Democrático de Direito e uma afronta à vontade popular expressa nas urnas.
Em resposta às paralisações, o ministro Alexandre de Moraes determinou o total desbloqueio das rodovias federais afetadas no dia 31 de outubro de 2022. A Polícia Rodoviária Federal e as polícias militares estaduais foram encarregadas de liberar as estradas e garantir a segurança dos motoristas e passageiros.
A data do julgamento da denúncia ainda não foi definida, mas a denúncia feita pelo procurador-geral reforça a gravidade dos atos praticados durante os bloqueios nas rodovias. A tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e a desestabilização do governo eleito foram destacadas como pontos centrais da denúncia, trazendo à tona a necessidade de investigação e responsabilização dos envolvidos nesses atos ilegais.