A decisão de Gonet veio após a divulgação, pelo Portal Uol, de que nove condenados pelos atos de depredação da sede dos Três Poderes em Brasília haviam quebrado suas tornozeleiras eletrônicas e fugido para a Argentina e para o Uruguai. Esses indivíduos, condenados a penas superiores a dez anos de prisão, estavam recorrendo em liberdade de suas sentenças.
Em resposta a essa situação preocupante, o procurador-geral enviou um ofício ao STF solicitando a emissão de mandados de prisão contra cinco investigados e pedindo que as varas judiciais responsáveis pelo monitoramento eletrônico verifiquem a situação dos demais envolvidos.
Até o momento, 216 pessoas foram condenadas pelo Supremo por sua participação nos eventos de 8 de janeiro. Os crimes pelos quais estão respondendo incluem associação criminosa armada, dano qualificado, deterioração do patrimônio tombado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e tentativa de golpe de Estado.
Essa situação evidencia a gravidade dos acontecimentos do início do ano e a determinação das autoridades em responsabilizar aqueles que desrespeitaram a ordem democrática e a lei. A busca pelos investigados que fugiram para o exterior mostra a seriedade com a qual o Estado está lidando com esse tipo de crime.
