JUSTIÇA – Procurador-geral da República concorda com prisão de general Walter Braga Netto por interferência em investigações após tentativa de golpe.

Na última terça-feira, o procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet, concordou com a prisão do general Walter Braga Netto, ex-ministro do governo de Jair Bolsonaro. Segundo Gonet, a decisão foi embasada no pedido da Polícia Federal, que convenceu da necessidade da medida para o avanço das investigações em curso.

De acordo com o procurador, a prisão preventiva de Braga Netto visa garantir a ordem pública e evitar a continuidade do esquema criminoso deflagrado, bem como impedir interferências nas investigações em andamento. Gonet ressaltou a importância da medida, destacando a pertinência lógica, necessidade, adequação e proporcionalidade da prisão.

Além disso, o PGR identificou a existência de provas suficientes para as medidas de busca e apreensão nas residências dos investigados. Segundo ele, há fortes indícios dos crimes de tentativa de golpe de Estado e obstrução de Justiça, entre outros delitos. Diante disso, mais diligências são necessárias para um juízo adicional sobre a autoria dos crimes.

A prisão de Braga Netto foi realizada pela Polícia Federal no sábado, em Copacabana, no Rio de Janeiro. De acordo com a PF, o general estaria tentando obstruir as investigações no inquérito da tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Ele teria tentado obter detalhes da delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o que caracteriza obstrução de Justiça.

Braga Netto será submetido à audiência de custódia ainda hoje, às 14h, e por ser militar, será entregue ao Exército e ficará sob custódia. A defesa do general ainda não se manifestou sobre o caso. A Polícia Federal continua investigando o envolvimento de outros suspeitos no esquema criminoso, conforme apurado pela Agência Brasil.

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