Segundo o procurador, as acusações contra Jefferson estão relacionadas com os crimes cometidos durante os eventos de 8 de janeiro, que também estão sendo investigados pelo STF. Em 2022, Jefferson tornou-se réu na Suprema Corte sob a acusação de incentivar a invasão do Senado e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
No parecer, Gonet escreveu: “Os fatos imputados ao réu Roberto Jefferson podem ser vistos como elo relevante nessa engrenagem que resultou nos atos violentos de 8 de janeiro de 2023. Essa perspectiva se fortalece na consideração de que se atribui ao réu, além de haver utilizado parte da estrutura partidária financiada pelo erário para fragilizar as instituições da República, ter formulado publicamente túrpidos ataques verbais contra instituições centrais da República democrática, num esforço que a visão deste momento permite situar como estratégia dirigida a fomentar movimento de rompimento condenável da ordem política”.
Além disso, o procurador também fez menção ao histórico de Jefferson, citando sua prisão no ano passado por insultar a ministra Cármen Lúcia com palavras de baixo calão em um vídeo publicado na internet. Durante a prisão, o ex-deputado chegou a disparar tiros de fuzil e lançar granadas contra os policiais que o cercavam. Ele foi indiciado por quatro tentativas de homicídio e tornou-se réu na Justiça Federal em decorrência desse episódio.
Diante desses argumentos, o procurador reforçou a importância de que o processo contra Jefferson permaneça em tramitação no STF, considerando a gravidade das acusações e a relevância do ex-deputado nas investigações sobre os eventos de 8 de janeiro.