JUSTIÇA – Prisão de sócio de laboratório investigado por laudos falsos permite transplante de órgãos infectados pelo HIV. Caso choca Baixada Fluminense.



Na última terça-feira (15), a Justiça do Rio de Janeiro decidiu manter a prisão temporária do médico ginecologista Walter Vieira, um dos sócios do laboratório PCS Lab Saleme, localizado em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Vieira é investigado por emitir laudos errados que permitiram transplantes de órgãos infectados pelo vírus HIV. O ginecologista passou por uma audiência de custódia, onde a sua detenção foi mantida.

Além de Walter Vieira, Ivanilson Fernandes dos Santos, técnico do laboratório, e Jacqueline Iris Bacellar de Assis, funcionária da empresa, também estão envolvidos no caso e permanecem presos aguardando a audiência de custódia. A situação se agravou ainda mais na quarta-feira (16), com a prisão do técnico de laboratório Cleber de Oliveira dos Santos, o quarto investigado pela emissão de laudos errados para transplantes.

A investigação da Polícia Civil revela que dois doadores tiveram laudos errados para HIV assinados pelo laboratório em questão. Esses laudos foram emitidos erroneamente, indicando que os doadores eram negativos para o vírus, quando, na verdade, eram portadores do HIV. Como resultado, seis pacientes que receberam os órgãos infectados foram contaminados com o vírus.

O Conselho Regional de Farmácia do estado do Rio de Janeiro divulgou uma nota esclarecendo que o laboratório PCS Lab Saleme não possui registro junto ao conselho. Além disso, a entidade ressaltou que o laboratório não contava com farmacêuticos registrados. A técnica em laboratório envolvida nas investigações possui inscrição ativa no conselho.

Diante dessas graves irregularidades, a presidente em exercício do CRF-RJ, Luzimar Gualter, instaurou procedimentos internos para apurar as possíveis transgressões éticas e normas sanitárias. As penalidades podem incluir a cassação definitiva do registro profissional dos envolvidos. O caso continua sendo investigado pelas autoridades competentes para garantir a segurança e a integridade dos pacientes que foram afetados por essa conduta criminosa.

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