Na quinta-feira (28), o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), intimou a defesa a prestar esclarecimentos após um vídeo de Léo Índio afirmando que está na Argentina por medo de ser preso ser veiculado em uma rádio do interior paranaense.
A advogada do réu enviou um documento das autoridades migratórias ao Supremo Tribunal Federal, informando que Léo Índio tem permissão para permanecer na Argentina até 4 de junho. Além disso, tem autorização para trabalhar, estudar e utilizar os serviços públicos de saúde no país vizinho.
A entrada de Léo Índio na Argentina foi pela cidade de Puerto Iguazú, que faz divisa com Foz do Iguaçu, no Paraná. A permissão para permanecer em território argentino pode ser renovada caso seja solicitada antes do término do prazo estabelecido.
Léo Índio se tornou réu no Supremo devido ao seu envolvimento nos atos golpistas de janeiro de 2023. Nesta sexta-feira (28), a Primeira Turma do STF concluiu o julgamento, mantendo a decisão de abrir a ação penal. Ele foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República por participar do ato antidemocrático e publicar imagens nas redes sociais durante a invasão de prédios públicos. Com isso, Léo Índio responderá por diversos crimes, incluindo tentativa de golpe de Estado e associação criminosa.
Durante o julgamento da denúncia, a defesa negou a participação de Léo Índio nos crimes e pediu a rejeição da denúncia, mas seus argumentos foram rejeitados. Agora, ele terá que responder legalmente pelos atos cometidos e aguardar as próximas decisões judiciais.