Um dos primeiros a reagir à notícia foi o deputado Lindbergh Farias, do PT do Rio de Janeiro. Ele afirmou que a decisão de impor a tornozeleira a Bolsonaro se baseou em uma representação que ele mesmo protocolou contra Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente. Em suas redes sociais, Farias destacou a urgência da medida, a qual interpretou como uma vitória do estado de direito frente ao que ele chamou de “golpismo transnacional”.
Por outro lado, a deputada Maria do Rosário, também do PT, ressaltou que a operação visa reduzir o risco de fuga do ex-presidente, enfatizando que as acusações contra ele são graves. Para a parlamentar, Bolsonaro finalmente começa a enfrentar as consequências de suas ações contra o Brasil.
O deputado Jilmar Tatto, secretário nacional de Comunicação do PT, também se manifestou nas redes sociais, expressando alívio com a operação e afirmando que a postura do ex-presidente gerou uma expectativa de fuga. Ele agradeceu ao STF, reafirmando que “golpista tem que ir para a cadeia”.
Entretanto, as reações não se restringiram aos opositores de Bolsonaro. Eduardo Bolsonaro criticou as ações do ministro Alexandre de Moraes, destacando o que considera uma intensificação da repressão após o contato de seu pai com líderes internacionais. O senador Flávio Bolsonaro também se pronunciou, mencionando uma “humilhação proposital” e condenando as restrições impostas ao contato familiar.
Por sua vez, o líder do Partido Liberal (PL), deputado Sóstenes Cavalcante, manifestou sua preocupação com a decisão judicial, e o próprio partido emitiu uma nota de estranheza e repúdio à operação. Na declaração, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, enfatizou que Jair Bolsonaro sempre se dispôs a colaborar com as autoridades.
Essa saga, que se desenrola em um contexto de polarização, revela as fracturas no cenário político nacional, onde apoio e oposição se manifestam de forma intensa e os limites do estado de direito são constantemente testados.