JUSTIÇA – Policial militar depõe em audiência sobre o Massacre de Paraisópolis: “Não me recordo de ver a motocicleta”



Na última terça-feira (18), o policial militar Rodrigo Cardoso da Silva prestou depoimento durante a sétima audiência de instrução do caso conhecido como Massacre de Paraisópolis, em São Paulo. Esse trágico evento resultou na morte de nove jovens durante o Baile da DZ7 em 1º de dezembro de 2019.

Silva, que integrava a equipe policial presente no local, alegou não se recordar de ter visto, em imagens gravadas, a motocicleta que teria sido usada para atacar a polícia. Segundo ele, foram exibidos diversos materiais audiovisuais do dia do evento, mas as imagens não eram claras o suficiente para identificar o veículo em questão.

Durante seu depoimento, o policial afirmou que o homem na garupa da motocicleta foi o responsável por atirar na equipe policial, o que desencadeou a perseguição até o baile funk. Ele também mencionou que houve disparos de arma de fogo, mas não ultrapassaram a marca de 20 tiros e que a arma utilizada era uma pistola.

Os policiais envolvidos na operação alegaram que o pânico e o caos no baile foram provocados pela entrada da motocicleta e que toda a corporação foi hostilizada pelas pessoas presentes, que lançaram objetos como pedras e garrafas.

Durante a audiência, Silva afirmou desconhecer o motivo pelo qual não foram prestados os primeiros socorros às vítimas, sendo a mais nova delas uma adolescente de 14 anos. As audiências tiveram início em julho de 2023 e estão sendo realizadas no Fórum Criminal da Barra Funda, com o propósito de definir se os 12 policiais acusados de homicídio irão a júri popular.

Além disso, após o massacre, surgiram relatos de que os policiais teriam utilizado armas de cano longo e granadas, mas a utilização de um morteiro foi negada durante os depoimentos.

A próxima audiência está marcada para o dia 6 de maio, e há a possibilidade de que a defesa dos policiais abra mão de ouvir uma das testemunhas previstas. A promotora do caso ressaltou a importância da imprensa em manter viva a memória do acontecimento e das vítimas, garantindo que o processo tenha um desfecho justo.

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