JUSTIÇA – Policiais militares se tornam réus por morte durante Operação Escudo em Guarujá, afirma Justiça de São Paulo



A Justiça de São Paulo decidiu nesta quarta-feira (19) acatar o pedido do Ministério Público e tornou réus os policiais militares Eduardo de Freitas Araújo e Augusto Vinícius Santos de Oliveira, acusados de matar um homem durante a Operação Escudo em Guarujá, no litoral de São Paulo. Além disso, a Justiça determinou o afastamento dos dois PMs das atividades de policiamento ostensivo.

A denúncia do Ministério Público veio após a análise de imagens das câmeras corporais, depoimentos de testemunhas, a versão dos agentes e confronto desses dados com laudos periciais produzidos no curso da investigação. Segundo o MP, todos esses elementos foram fundamentais para a decisão de acusar os policiais militares pela morte do homem durante a operação policial.

A Operação Escudo, realizada pela Polícia Militar na Baixada Santista entre o final de julho e início de setembro, foi alvo de críticas devido ao alto índice de letalidade policial, resultando na morte de 28 civis. A ação foi uma resposta da PM à morte do soldado Patrick Bastos Reis, pertencente a Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), que foi baleado e morto em Guarujá no final de julho.

Além do caso que resultou na denúncia dos dois policiais militares, o Ministério Público informou que outros 25 Procedimentos Investigatórios Criminais (PICs) estão em andamento para esclarecer as circunstâncias das demais mortes ocorridas durante a Operação Escudo. Também está em curso um Procedimento Administrativo de Acompanhamento (PAA) das investigações de todas as mortes decorrentes da intervenção policial.

Até o momento, a Secretaria de Segurança Pública foi procurada para comentar o caso, mas ainda não se manifestou sobre as acusações contra os policiais militares e os desdobramentos da Operação Escudo. Este é mais um capítulo em meio a uma série de polêmicas e questionamentos em relação às ações policiais na região. A sociedade civil e as autoridades públicas devem acompanhar de perto as investigações e desdobramentos desse caso para garantir a justiça e a transparência nas ações policiais.

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